sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

5ª Viagem: Conhecer o Porto a Pedal


1º dia (22/07/2013)
Com uma partida bem matinal, lá fomos apanhar o primeiro barco da Trafaria que nos levaria até Belém. Depois, um pouco por opção pessoal, seguimos a pedal até a Estão do Oriente, junto ao rio.



Mal saíamos de casa um “tlink” periódico vindo da roda de trás ditaria um raio com falta de tensão. Felizmente estava precavido com aperta raios, no entanto experimentei o do “multifunções”, que fez o trabalho sem problemas.




Apesar de já ser certo que a Renex nos levaria as bicicletas até ao Porto, havia ainda algumas dúvidas em relação a como as levariam... Se embaladas ou apenas colocadas na parte das bagagens, sem termos de as desmontar, etc...

Para nossa felicidade, foi só colocar as bicicletas na bagageira, tirar umas fotos e seguir para os nossos lugares. É necessário no entanto comprar um “bilhete” para cada bicicleta, que terá um custo de 9€.






Chegados ao Porto, o plano era ir ao encontro do Hostel onde iríamos ficar, almoçando num jardim que apanhássemos pelo caminho. Até lá tivemos a oportunidade de ver a Torre de Clérigos, visitar o Mercado do Bolhão e até percorrer a famosa rua de Sta. Catarina.






Depois de tudo orientado no Hostel, o dia praticamente ia a meio. O tempo tinha de ser aproveitado, por isso, agarramos novamente nas bicicletas, desta vez mais aliviados de peso (levando apenas eu alforges e cadeados), e rumamos até à Casa da Música, onde, às suas portas, a “dinâmica juvenil” marca presença, com skates, BMX e até trotinetes acrobáticas.












Logo neste primeiro dia deu para começar a apreciar as paredes em azulejos típicas do Porto, como esta situada na rua Sta. Catarina.





Ainda tivemos tempo para conhecer a Estação de S. Bento, que vale a pena pela decoração interior, e a Sé, pela vista fantástica sobre o Porto e Vila Nova de Gaia.






 Com o dia a chegar ao fim, tínhamos um objectivo: Comer uma Francesinha. Não uma qualquer, mas uma que dignificasse a tradição da francesinha no Porto. Depois de muito procurar e de andar às voltas com as indicações das várias hipóteses dadas pelos locais, penso termos conseguido. A escolha foi a "Capa Negra II". Não foi barato. Efectivamente, no Porto chega-se a conseguir comer uma francesinha por 6€ e até 5,5€... No entanto achamos que esta tinha todo o seu valor e é de recomendar, 5*. Como a Marta não tinha ainda experimentado um Francesinha, a primeira, como é normal, dá direito a "medalha" hihi







Cheíssimos do jantar, restou-nos rumar ao nosso Hostel, para o merecido descanso. Claro está, com a devida iluminação, que nunca é demais andar connosco,  mesmo quando achamos que chegamos ainda de dia a "casa".



2º dia (23/07/2013)


O 2º dia era dia essencialmente o dia de ir conhecer a tão falada Ribeirinha! E claro, como sobraria tempo, tendo a Ponte D. Luís I já ali, aproveita-se e faz-se a visita da praxe a uma cave de um dos vinhos do Porto.


Do nosso Hostel (perto de Marquês) até à Ribeirinha foi um instante! Facilmente fugimos de subidas e aproveitamos o declive natural do Porto (A ribeirinha será pelo menos um dos pontos mais baixos do Porto), fazendo descidas atrás de descidas.

Chegando à Ribeirinha, não podíamos deixar de reparar neste controlo de velocidade que se encontrava no meio das ruelas apertadas da zona, onde mal cabia um carro... Neste controlo de velocidade até nós podíamos ir em excesso de velocidade (funcionava com as bicicletas!), sendo que bastava passar dos 10 Km/h. Uma valente risada, mas ao mesmo tempo deixou-nos a pensar, que efectivamente tem a sua razão de ser!


A vida que se sente na Ribeirinha não deixa ninguém indiferente. É realmente um ponto de encontro de turistas onde se consegue almoçar/jantar com uma bela vista para o Rio, apreciando também as famosas Rabelos (embarcações típicas do Porto, que noutros tempos faziam o transporte do vinho ao longo do Douro até às Adegas em Vila Nova de Gaia).






Ribeirinha apreciada, era tempo de atravessar a ponte, uma experiência que ansiava ter, visto que em Lisboa não dá para experienciar uma travessia do rio Tejo a pedal, partilhada com o restante transito.


Depois de subir um pouco já no lado de Gaia, acabamos visitando a Adega do vinho Tayler's. A razão era simples... Para além de uma envolvente bastante apetecível, tínhamos tomado conhecimento que há poucos anos, este vinho tinha  sido considerado o MELHOR DO MUNDO!...  Bem, sendo que o valor da visita guiada + prova de vinhos, aparentemente, não descia dos 3€ nas várias Adegas, incluindo esta, facilmente elegemos "a nossa Adega".



Estranhamente é uma Adega maioritariamente visitada por estrangeiros, pelo que fomos os únicos Portugueses a fazer a visita guiada em Português!... Um verdadeiro luxo!...


No fim, a prova dos vinhos, dava-nos a oportunidade de apreciar um pouco do rio a partir de um jardim cheio de bom gosto!... De tal forma que até nos distraímos um pouco com as horas... Tão bem que ali se estava....


3º dia (24/07/2013)


Desde o inicio que andávamos curiosos quando vimos que existe uma ciclo-via da Ribeirinha até à Foz do Douro que acaba por ir até Matosinhos junto às praias. Como a Fundação de Serralves fica pelo caminho, decidimos ir que este seria o dia desses tantos Kms a fazer!...

 
Apesar de na Fundação de Serralves não ser permitida a entrada de Bicicletas, orientaram-nos para um parque subterrâneo onde podíamos estacionar as ditas. Depois de visitado o enorme jardim, seguido de um almoço estilo pic-nic, demos inicio à longa pedalada até Matosinhos!...

Antes da chegada à praia propriamente dita, fizemos uma visita rápida à Torre do Queijo.
Houve direito a banho, claro, no entanto achamos que a água poderia ser mais limpa.

O Parque da Cidade era já ali, pelo que antes de iniciar a viagem de regresso ao Hostel, demos uma volta por lá, revelando-se um parque muito bem conseguido, agradável, sendo bastante frequentado por locais.


(FOTOS PARQUE DA CIDADE a serem recuperadas)



4º dia (25/07/2013):

Faltava-nos visitar o Palácio de Cristal (mais o jardim que o próprio edifício) e o Palácio da Bolsa, pelo que começamos o dia fazendo-o.

No Jardim do Palácio de Cristal não nos foi interdito o uso das bicicletas. Claro está, que achamos por bem não andar a grandes velocidades, visto que partilhávamos o local com pessoas a pé.

Aproveitou-se para almoçar umas sandes no Jardim com vista para uma das zonas mais antigas do Porto, luxos que nos são quase oferecidos!...

Mais tarde, optamos pela visita guiada no Palácio da Bolsa. Ficamos com o bichinho e claro, queríamos que a visita durasse mais, mas recomendamos! Também aproveitamos, era já ali, e conhecemos o Mercado Ferreira Borges, um mercado que foi alterado, para fins de exposição e afins.

 

Sendo que ainda nos restava tempo e queríamos ver mais, fomos ver com mais calma a Torre dos Clérigos e seu envolvente e ao Mosteiro da Serra do Pilar, passando pelo tabuleiro superior da Ponte D. Luís, de bicicleta, claro. Uma experiência fascinante.

Tínhamos de comprar os bilhetes do comboio na estação de Campanhã, pelo que a frase "já que estamos aqui.." "... porque não ir a..." fez-se ouvir e levou-nos até ao estádio das Antas. Nada de purismos ou clubismos, mas achamos que seria um pouco imperdoável não o fazer, atendendo à popularidade do mesmo.

De registar a estafa de subida, na rua das Antas, que calhamos fazer... Um sentido de conquista para a Marta, que parecia estar a trepar a Rocky Montain, acompanhada de palavras de incentivo na "meta". Conquista merecida.

 
 

5º dia (26/07/2013):
 
Era o nosso último dia no Porto! E diga-se a verdade, pouco nos restava para ver! É assim a tão grande eficácia de uma bicicleta na cidade do Porto!... Nem nós imaginávamos.

Seria então um dia "livre", isto é, de aproveitar ao acaso o que esta cidade nos tinha para dar! A Partida do combóio já seria à 1:30h (do dia seguinte), com 4:13h de viagem, o que nos dava um dia inteiro aproveitar.
Andando pelas ruelas da parte mais antiga, fomos passeando, um pouco sem rumo, acabando a atravessar o rio para Vila Nova de Gaia, onde podemos ainda assistir a uma parte de uma competição de catamarans - Extreme.

Depois de mais umas pedaladas pela cidade, fomos ao encontro da Massa Critica do Porto! fomos na melhor dia, pois estavam a debater algumas questões importantes que andavam a comprometer a continuação deste encontro informal que se faz todos os meses!
 

Feito o debate, deu-se então inicio à voltinha típica de uma Massa Critica, com pessoal muito animado, simpático e cheio de bom espírito!!


No fim, a modos de despedida, fomos comer a última francesinha, desta vez num restaurante mais pacato e barato (também para comparar). Não estava má, no entanto notou-se bem a diferença de qualidade para a que se serve na Capa Negra II. Aconselho aos próximos a escolherem bem a casa, mesmo não sendo a Capa Negra, pois existe diferença!...

À nossa frente aguardava-nos então uma longa noite, de comboio... Chegando de manhã no dia seguinte à estação de Sta. Apolónia.

4 comentários:

  1. Olá amigo cicloturista! parabéns pela viagem, e obrigado por compartilhar. Abraço e boas viagens!

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    1. Obrigado! Fico contente por ter gostado! Qualquer sugestão, ou mesmo crítica, que possa mudar o Blog para melhor será bem aceite!

      Espero este verão conseguir realizar mais viagens e claro, fazer os respectivos relatos.
      Tem estado também em contrução uma nova secção deste blog, relativa à parte técnica (Bicicleta e não só), por forma a ajudar todos aqueles que se querem dedicar a esta maravilhosa forma de viajar!... O tempo não tem ajudado, mas queria já ter pronto para este verão.

      Abraço e muitas pedaladas!

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  2. Parabéns pelo excelente relato. Lembro-me de vocês na massa crítica! :)

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  3. Obrigado Ricardo! :) No Face Book a sua bicicleta também me foi familiar, mas não tinha a certeza se nos tinhamos cruzado na massa crítica! :) Pelos vistos estivemos lá! :) Eu e a Marta adoramos o espirito da vossa Massa Crítica! :) Conservem-no, não o deixem cair no esquecimento! ;) Espero voltar a encontrar-vos por lá, um dia destes!... :)

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